
No banco dos réus. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prestou depoimento nesta terça-feira (10) no Supremo Tribunal Federal (STF) na ação que investiga um plano para reverter o resultado da eleição de 2022. Ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, confirmou que avaliou decretar estado de sítio após a derrota, mas negou ter participado da elaboração de uma “minuta de golpe” ou ter pressionado as Forças Armadas para apoiar medida fora da Constituição. j3h1m
“Sobrou para gente buscar uma alternativa na Constituição. Não foi discutido, foi conversado hipóteses de dispositivos constitucionais. Nada foi assinado”, declarou.
Estado de sítio e reuniões com militares 456n6y
Bolsonaro confirmou que recebeu sugestões para decretar estado de sítio, dispositivo que restringe direitos civis e amplia poderes do Executivo, mas disse que a ideia foi abandonada rapidamente. Segundo ele, a medida exigiria “um fato” concreto e convocação dos Conselhos da Defesa e da República, o que não ocorreu.
“Em poucas reuniões abandonamos qualquer possibilidade de ação constitucional”, afirmou.
O ex-presidente também descreveu encontros, em dezembro de 2022, com os comandantes da Marinha, Aeronáutica e Exército. Disse ter discutido eventual operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para desmobilizar bloqueios de rodovias e acampamentos em quartéis. “Nós estudamos possibilidades outras dentro da Constituição. Nada fora disso”, disse.
Ele negou relatos de que o então comandante do Exército, Marco Freire Gomes, teria ameaçado prendê-lo durante essas reuniões.
Minuta de golpe 17s38
Questionado sobre o documento que previa anular o resultado das urnas e prender autoridades, Bolsonaro rejeitou vínculo com o texto e contestou a versão de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens que relatou ter entregue a minuta ao presidente. “Eu refuto qualquer possibilidade de falar de minuta de golpe que não esteja enquadrada dentro da Constituição brasileira”.
Fraude nas urnas e reunião com embaixadores 4e1347
Moraes perguntou sobre declarações de fraude no sistema eleitoral. Bolsonaro respondeu que sempre defendeu o voto impresso e classificou suas falas como “retórica”. “Não tinha prova de nada. Foi um desabafo meu”, afirmou. Ele pediu desculpas aos ministros Moraes, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso por tê-los acusado, em 2022, de receber propina para manipular as urnas. “Me desculpe. Não tinha intenção”, completou.
Sobre a reunião com embaixadores em julho de 2022, afirmou que poderia ter “exagerado na forma”, mas sustentou que buscava “alertar” sobre o sistema de votação.
Conduta após a derrota e 8 de janeiro 344y1l
Bolsonaro disse ter ficado recluso após o segundo turno e alegou não ter ido à posse de Luiz Inácio Lula da Silva para evitar “a maior vaia da história do Brasil”. Negou envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023. “Isso não é golpe. Sem Forças Armadas, sem armas, sem núcleo financeiro”
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Próximos os 3j6cf
Após a fase de interrogatórios, Moraes avaliará se recebe a denúncia da Procuradoria-Geral da República, que aponta Bolsonaro como líder de uma trama para invalidar a eleição de 2022.
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