
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Gravatá, emitiu, na última terça-feira (22), uma recomendação ao prefeito de Gravatá, Joselito Gomes (Avante), exigindo a imediata exoneração de sua esposa, Viviane Facundes, do cargo de secretária municipal de Obras e Serviços Públicos. A recomendação foi baseada na constatação, a partir dos procedimentos de investigação, de que Viviane não possui a qualificação técnica necessária para o exercício das funções atribuídas ao cargo. 2t1b62
De acordo com a recomendação, a nomeação de Viviane Facundes configura nepotismo, pois foi realizada sem que ela atendesse aos requisitos técnicos exigidos para o cargo, violando os princípios constitucionais da impessoalidade, moralidade e eficiência na istração pública. Além disso, o documento cita decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que proíbe a nomeação de cônjuges e parentes para cargos de confiança na istração pública.
O MPPE também recomendou que o prefeito abstenha-se de realizar novas nomeações com base apenas em laços de parentesco, sem considerar a qualificação técnica do nomeado. O prefeito terá 10 dias para responder sobre o acatamento da recomendação. Caso não sejam tomadas as medidas solicitadas, o Ministério Público poderá adotar ações judiciais, incluindo a abertura de processo por improbidade istrativa.
Viviane Facundes foi nomeada para o cargo de secretária de Obras e Serviços Públicos em março deste ano, após uma reestruturação na equipe do governo Joselito. Antes disso, ela ocupava o cargo de secretária de Assistência Social e Juventude, função permitida por lei para cônjuges de prefeitos em exercício. A mudança para a Secretaria de Obras ocorreu após a saída de Ricardo Malta, que deixou o cargo para disputar as eleições municipais.
Gestão Joselito convive com histórico de nepotismo
A gestão Joselito Gomes já enfrentou outras investigações relacionadas a nepotismo. Em setembro de 2023, após denúncias e inquéritos do MPPE, foram exoneradas Laryssa Paes Almeida, esposa do então secretário de Saúde, Anderson Oliveira, que ocupava cargo na mesma secretaria, e Camila Facundes de Souza, sobrinha da primeira-dama, Viviane Facundes, que ocupava cargo na secretária de Assistência Social e Juventude, então chefiada pela tia. Além disso, em dezembro do ano ado, o MPPE concluiu outro inquérito envolvendo parentes do prefeito e da então secretária de Educação, Ninha Professora, resultando na de acordos de não persecução cível, com a exoneração dos nomeados e pagamento de multas.
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